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segunda-feira, 4 de março de 2013

ROCKIN' VIEWS - Troca de Vocalistas

"It's the singer, not the song" - As polêmicas trocas de vocalistas

Fala rockers de plantão! Vamos relembrar algumas trocas de vocalistas que geram tanta polêmica no rock. Primeiramente, é interessante perceber como somente algumas poucas bandas famosas ainda não tiveram mudança nos vocais. Pensei em algumas: Rush, Metallica, Kiss, Rolling Stones e..., bem, tem o... e também o... Não estou conseguindo me lembrar de outras.
Muitas e muitas das nossas queridas bandas já passaram por isso, a temida saída do vocalista.
É chover no molhado dizer que o vocalista é, na maioria dos casos, o principal integrante de uma banda, muitas vezes considerado  “a alma da banda“, afinal ele é o “frontman” bla bla bla. 
Não tentaremos aqui decifrar os porquês das saídas, afinal, são sempre as mesmas como: “incompatibilidade musical”, “seguir em carreira solo”, “conflito de agendas”, “divergências com empresário”, “um tempo para outros projetos” etc etc. Vamos apenas refletir sobre algumas consequências dessas mudanças.
Paul Di'Anno na época do Maiden
Começando com o gigante Iron Maiden. A saída do primeiro vocalista Paul Di'Anno com certeza não foi bem recebida por muitos na época, afinal a banda já tinha dois excelentes álbuns com esta grande figura no vocal, mas é incontestável o sucesso que a banda alcançou após a entrada de Bruce Dickinson.
Bruce e Blaze







A técnica vocal, criatividade e carisma de Bruce ajudaram e muito para a banda ser o que é hoje. Já não podemos dizer o mesmo da entrada de Blaze Bayley, pois desagradou a maioria dos fãs e com certeza o Maiden perdeu muito em vendas, tanto que Bruce voltou. Particularmente, acho que Blaze participou de um dos melhores álbuns do Maiden que é o “X Factor”. Nesse álbum sua performance é excelente, mas aí já é questão de gosto.
Steve Perry no Journey
Sobre esse assunto, não tem como não mencionar o grandioso Journey aqui. Nos primeiros álbuns o Journey teve seus próprios integrantes revezando nos vocais e as vendas não iam bem, foi então que resolveram chamar Steve Perry para os vocais. Logo em seu primeiro album, Perry deu nova vida à banda e os ajudou a estourar nas paradas americanas, fazendo com que o Journey se tornasse mundialmente reconhecido, novamente muito devido ao talento e carisma de Steve nos vocais. Após a saída de Perry, a banda não conseguiu repetir o mesmo sucesso e já está no quarto vocalista.
Augeri ao centro

Arnel
O primeiro substituto foi outro Steve -  Steve Augeri, que gravou o excelente “Arrival”, para mim um dos melhores álbuns de AOR dos anos 2000. Porém, eis que sai Augeri, entra Jeff Scott Soto, fã confesso da banda e grande vocalista da cena hard rock. Jeff estava bem empolgado com a nova fase, recebendo elogios da imprensa e fãs, mas não chega a gravar com a banda e é “chutado”, sem muitas explicações. Quem já viu e conhece o trabalho de Jeff, pode concluir que a banda talvez não tenha se adaptado ao seu estilo funkeado e mais versátil. Para substituir Jeff, a banda encontrou no Youtube o vocalista de uma banda que fazia covers do Journey, o filipino (!) Arnel Pineda, que permanece na banda até hoje. Arnel teve um começo difícil com a desconfiança de muitos, mas parece estar conquistando seu espaço e a banda continua firme excursionando pelo mundo e lançando bons trabalhos. Particularmente, não acho que o filipino seja tão bom quanto Steve Augeri, que não fugia muito do estilo de Perry e ainda conseguia dar seu toque pessoal nas músicas.      

Roth (esq.) com Eddie
Hagar
Para finalizar, um dos casos que mais geram discussões, picuinhas, controvérsias, tretas, seja lá como queira chamar, trata-se do caso Van Halen. O grupo surgiu como uma das bandas mais inovadoras de todos os tempos graças ao talento de um dos melhores guitarristas da história do rock, Eddie Van Halen. O vocalista era David Lee Roth, que se encaixava perfeitamente na banda e, com muita competência e personalidade, conquistou fãs no mundo inteiro. Especialista em artes marciais, David destacou-se como frontman principalmente por suas performances com muita energia, dando seus famosos golpes no ar e se comunicando com muita facilidade com o público. Após anos de sucesso, David sai e entra Sammy Hagar, que é, em minha humilde opinião, um dos melhores vocalistas do rock de todos os tempos. Enquanto Roth se destacava mais por suas performances do que por seu vocal, Hagar, ao contrário, impressiona por seu talento como cantor, dono de uma voz única e marcante. A troca desagradou muitos fãs e até hoje gera muita discussão e divisões , tanto é que muitos se recusam a ouvir o VH com Hagar ou VH com Roth. Gostos a parte, apesar de desagradar muitos, Hagar trouxe muitos novos fãs e enorme sucesso à banda, fazendo hit atrás de hit. Após a saída de Hagar, a banda recrutou Gary Cherone (Extreme), gravou um cd que não agradou, acabou não dando o resultado esperado e a maioria mal se lembra dele na banda. Hoje Roth está de volta e a banda lançou em 2012 “A different kind of truth”, o primeiro álbum com Roth nos vocais após quase trinta anos de sua saída.
O álbum é muito bom e os shows tem atraído grande público, mas as apresentações de Roth já não são mais as mesmas, afinal, o cara está com quase 60 anos.
Bem , os resultados são os mais diversos e pode-se dizer que, no geral, os mais talentosos acabam vencendo as desconfianças e predileções. As trocas de integrantes inevitavelmente geram perdas, mas se forem bem feitas podem trazer novos fãs e minimizar os “impactos emocionais”, afinal muitos fãs se sentem traídos quando seu músico favorito deixa uma banda ou quando, pior, é mandado embora.  Sejam quais forem os motivos e resultados das trocas de vocalistas ou outros integrantes, elas continuarão a existir e a gerar discussões,  polêmicas , picuinhas, tretas... (Denis Freitas)

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