STAGE PERFORMERS - Não é apenas Rock'n'Roll
Entre uma grande
performance de palco e uma grande performance “musical”, eu prefiro a musical,
afinal a música vem em primeiro lugar, certo?
Talvez, mas não há dúvidas de que o talento musical aliado ao talento
“performático” atrai grande público e pode se tornar marca registrada de um
músico e sua banda nos palcos.
Vamos começar lá nos
primórdios do rock com o mestre Chuck Berry, que atraía grande
público, muito pela sua performance cheia de energia, dançando com sua guitarra
pelo palco. Para quem não sabe ou não se atentou, Chuck fazia o famoso “duckwalk”, movimento no qual esticava uma das pernas a
frente e, quase agachado, movia-se pelo palco em pequenos “pulinhos” tocando
sua guitarra. Lembrou-se de Angus Young ? claro que sim, pois Angus copiou e consagrou a “dança do pato”,
empolgando a todos quando faz o movimento nos shows do monstro ACDC.
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Falando em monstro, não podemos deixar de citar o Van Halen com as performances empolgantes de seus integrantes. Eddie Van Halen usando furadeira em sua guitarra, tirando sons únicos e David Lee Roth com seus golpes de artes marciais no ar. Covardia, afinal, a música dos caras já era o suficiente.
Quer correria? Também temos. É só ver um show do Iron Maiden e perceber o quanto eles
correm pelo palco, principalmente Bruce
Dickinson e Steve Harris, os
caras não ficam parados! É correria do Steve com o baixo apontado como uma
metralhadora para o público e Bruce com o microfone pra lá e pra cá, carregando
bandeira do Reino Unido, pulando caixa de som, fugindo do Eddie... fiquei
cansado só de lembrar.
E as "dancinhas" com guitarras? Para mim a mais marcante é a dos Scorpions com Rudolf Schenker, fazendo “aeróbica” com sua guitarra Flying V para cima e para baixo repetidamente. K.K. Downing e Glenn Tipton do Judas Priest também fazem suas fanfarronices com guitarras no palco há muito tempo.
Para fechar, as remexidas, os gingados e as polêmicas reboladas. Freddie Mercury e Mick Jagger poderiam integrar muitas boybands por aí, pois de caras e bocas, reboladas e trejeitos no mínimo “suspeitos”, eles entendem.
Estes foram somente
alguns exemplos e, se analisarmos, tipos de performances como estas parecem
estar diminuindo no rock, está tudo muito sério e profissional ao extremo,
músicos tocando como estátuas no palco, somente esperando “cumprir” o show no
tempo determinado.
Os músicos das novas
bandas parecem ser cada vez mais estudados e técnicos, porém, parecem cada
vez menos se divertir no palco e assim não transmitem aquela energia
positiva para o público.
A banda que conseguir
aliar boa música com bom entretenimento poderá se destacar nos tempos atuais
onde a mesmice parece tomar conta. (Denis Freitas)
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