AOR, Melodic Rock, Hard Rock, Prog Rock and some Heavy Metal NEWS & INFO

MUDAMOS PARA MELHOR !!!

MUDAMOS PARA MELHOR !!!
MUDAMOS PARA MELHOR!! ACESSE: http://brazilrockmelody.blogspot.com.br

terça-feira, 2 de abril de 2013

MUDAMOS

MUDAMOS:                                                             

                                                                                       
Devido a novas demandas e possibilidades,
            mudamos para melhor !!                   

        
Agora somos:  

    



sábado, 30 de março de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - Auras


Em 2010 tivemos uma grande surpresa com o lançamento de "New Generation" da banda Auras de Curitiba. A gravadora italiana Frontiers Records acertou em cheio e contratou os brasileiros para dois álbuns, um deles em pleno processo de gravação. "New Generation" agradou público e crítica em diversos países e, surpreendentemente, pouco disso é divulgado na mídia do Brasil. Para se ter uma ideia do talento dos curitibanos, até Jimi Jamison (Survivor), Bobby Kimball e Fergie Frederiksen (Toto) já gravaram músicas feitas pelo Auras. Como o papo foi longo, resolvi dividir em duas partes esta entrevista com Gui Oliver, vocalista deste novo orgulho do rock brasileiro.  (Denis Freitas)
                                                    
ENTREVISTA (Part I)

Parabéns pelo cd! Já se passou três anos, mas ainda fico impressionado quando ouço as músicas do “New Generation”, tem muita qualidade. Como tem sido a repercussão em outros países? Vocês já tocaram fora do país? Recebem propostas?

Obrigado, mas é muito estranho cara. Gravamos o cd, fizemos uma coisa bacana, mas a galera não valoriza muito, principalmente aqui em Curitiba. Demos muitas entrevistas para fora, Estados Unidos, Alemanha, rádios... foi bem legal, ainda recebemos vários emails perguntando sobre o novo cd. Quase fui para o Melodic Rock Fest, mas acabou ficando em cima da hora, é difícil por conta de que ainda não somos uma banda completa...

Com respeito à formação da banda, gostaria que esclarecesse esse “mistério”. 
No encarte aparecem apenas você, o Ferpa Lacerda (guitarra) e o Edu Sallum (bateria). 
Fale um pouco dos músicos e da formação da banda.

Sim (risos), eu era guitarrista, mas comecei a cantar na banda que eu tinha, sofri um pouco, mas agora me sinto mais à vontade. O Fernando (Ferpa) era baterista, mas virou guitarrista, pois era muito difícil transportar a bateria (risos). O legal é que nossas ideias batem e a gente se dá bem. Também temos o Matheus que é um guitarrista muito bom, então ele é quem fez os solos. E tem o Edu Sallum na bateria, que já não está mais com a gente. Quando decidimos gravar, foi difícil formar a banda, tivemos que ir atrás de outros músicos. O Matheus gravou a guitarra e depois conhecemos o Edu, que gravou a batera. Aparecem apenas os três (eu, Ferpa e Edu) na foto, pois foram os que investiram mesmo na banda.

Ferpa, Gui e Edu
Como começou a banda?

A gente tinha uma banda cover chamada I ON U, tocávamos músicas do The Storm, as pessoas gostavam e achavam que era música nossa (risos), mas eu sempre gostei de compor e parecia que aquilo não era suficiente para gente.

Todos os instrumentos são brilhantemente executados e pensados nos mínimos detalhes no cd. Porém, os teclados me chamaram bastante atenção. Eles estão por toda parte em diversas camadas nas músicas, em arranjos muito bem feitos, com muito capricho e variação. Foi o Filipe Beyer o responsável?

Começamos a compor e sempre fomos muito “chatos”, com atenção nos detalhes, é tudo pensado mesmo, tem coisas que a gente escutava e reparava “olha, o produtor fez isso aqui...” e tal.
Quanto ao tecladista Filipe Beyer, sim, o cara é muito bom, ele toca em uma igreja daqui, faz gravações, só que é um cara de estúdio, infelizmente. A gente quis ele na banda, mas sabemos que não é possível. Apesar de ele ter colaborado com várias ideias, tivemos que guia-lo, pois ele é de uma escola diferente. Não só com ele, mas também demos direcionamento ao Matheus e ao Hemerson (baixo), pois não é o estilo deles. Mas o Felipe é muito bom e colaborou com muitos sons legais nas músicas.

As letras das músicas são muito bem escritas e, mesmo que não fuja de temas de amor, até por causa do estilo, você consegue usar modos diferentes de escrever.

Eu escrevi todas as letras e as músicas eu fiz em parceria com o Fernando. Foi legal escrever estas letras, mas a gente amadurece, para o novo disco estou com novas ideias para letras, penso que se vou deixar um trabalho gravado, que seja algo relevante. 

                                                Clipe de  "Beauty of Dreams"


Como é a cena em Curitiba?  Tem espaço para tocar? 

Aqui ainda tem aquilo de que “banda de som próprio” não é legal, então é meio complicado. Aqui para a gente é muito difícil, às vezes abrimos para algumas bandas, em bar eu até entendo que seja mais difícil, afinal é o negócio do cara... O ano passado abrimos para o Petra no MasterHall aqui em Curitiba, tinha muita gente, só que foi um problema porque não éramos do mesmo estilo que eles e sentimos uma certa hostilidade.

Como foi o contato com a Frontiers Records?

Bem, a Frontiers não recebe material de ninguém, eles escutaram nossas músicas no My Space e nos ligaram pedindo que enviássemos material para eles. Após um mês, nos enviaram um e-mail e o próprio Serafino nos ligou, foi meio surreal (risos). Mas eles são muito antenados, se você tiver um material bom e divulgar, eles vão acabar te encontrando.  

Vocês já tocaram em São Paulo ou Rio de Janeiro?  Gostariam?

Ainda não tocamos em São Paulo ou Rio de Janeiro, mas gostaríamos sim. Além do nosso problema de formação, tivemos um problema sério com a distribuição de cds para divulgação. Nós iríamos receber cerca de 200 cds para divulgar, mas o material chegou e ficou preso na Receita Federal. Tentamos pedir ajuda da Frontiers, mas foi complicado, pois precisávamos que não tivessem as caixas dos cds e a gravadora disse que sem a caixa e o selo não era possível, então acabou que não conseguimos trazer cds para divulgar. Mesmo tentando através da Receita Federal, explicando que temos uma banda e que era material de divulgação com documentação, contrato e tudo, eles não liberaram. Tentamos lançar o trabalho aqui através da Helion Records, mas acabou não dando certo. Então tudo isso torna as coisas difíceis para tocarmos.
Recebemos várias críticas positivas do mundo todo, mas você acaba ficando engessado para fazer qualquer coisa, então muita banda acaba lançando cd por conta própria, ficando com mais controle das vendas, acho que o rumo vai ser esse. Hoje temos facilidade de gravar, inclusive montamos nosso próprio estúdio.
Gui Oliver
                                                                                                          
Para mim, o cd de vocês é um dos melhores do estilo já feitos no Brasil. Não me lembro de ouvir um cd tão bem executado e gravado no estilo mais AOR/Melodic Rock. Do mesmo nível só me lembro do Silent e também do álbum do N.O.W., lançado no mesmo ano que o de vocês.

Sou amigo dos caras do Silent. Quando o Gustavo (vocal) saiu da banda e foi morar nos EUA, o Tilly (baterista) me chamou e gravamos umas demos para o que ia ser o segundo disco. Fui para o Rio gravar, mas no fim as coisas deram uma esfriada. Então o Gustavo voltou dos EUA e eles montaram uma banda chamada Repplica, com letras em Português. Os caras são muito bons... O guitarrista Alexandre faleceu nas enchentes do Rio de Janeiro. Fiquei muito triste quando soube da morte do Alexandre, tinha ficado na casa dele quando fui ao Rio, era um grande músico. Eu estava até pensando em regravar algumas músicas do Silent, pois aquilo é muito bom e tão pouca gente conhece...


                                                          Em breve - part II

sexta-feira, 29 de março de 2013

ROCKIN' REVIEWS - Bon Jovi

ROCKIN' REVIEWS (NEW RELEASE) - BON JOVI

Vou fazer diferente desta vez. Não costumo fazer reviews de cds que não gosto, pois somente os álbuns que merecem indicação aparecem aqui. Então, vou apenas dedicar três linhas a este novo álbum do BJ e logo abaixo indicar os mais recentes trabalhos que merecem maior atenção. Lembro que há muito tempo eu já não espero que eles repitam o hard rock dos anos 80, pois a banda passou a fazer um pop rock desde o início da década de 90, mas ainda assim tem muita coisa legal.
(Denis Freitas)


Bon Jovi - "What about now" (2013)
              Rating 
   
         

A "guitarrinha solitária" na avaliação deve-se apenas à única música que merece atenção neste novo cd em minha opinião, que é o primeiro single e primeira faixa "Because We  Can". Música bem legal, com uma vibração positiva, refrão grudento e guitarras bem sacadas. O resto é quase tudo muito chato, sem inspiração. E essa capa é desgraçadamente horrível...




RECOMENDAÇÕES                                                                        
Indicações pós "Crush" (do hit "It's my life")


BOUNCE (2002)

Um dos melhores da banda e provavelmente o mais pesado e moderno. Cheio de riffs legais e Sambora bem inspirado. 
Faixas de destaque: "Undivided", "Everyday", "Bounce" e "Hook Me Up"






HAVE A NICE DAY (2005)

Muito bom este também para os menos radicais. A faixa "Have a Nice Day" ainda tem um estilo similar ao de "It's My Life" e é bem legal. "Who Says You Can't Go Home" e "Complicated" são ótimas, principalmente a última, que é bem rocker.






THE CIRCLE (2009)


Gostei bastante deste e acho que não teve a atenção merecida. Faixas de destaque: "We Weren't Born to Follow", "Work for the Working Man", "Thorn in My Side" e "Broken Promise Land", todas com boas doses de guitarra e belas melodias.






                                                        "Because We Can" (2013)



quinta-feira, 28 de março de 2013

ROCKIN' REVIEWS - Pretty Maids

ROCKIN' REVIEWS (NEW RELEASE) - PRETTY MAIDS

Pretty Maids - "Motherland" (2013)

                            Rating 








Falar de uma das bandas do coração nem sempre é fácil. Lembro-me que, quando escutei o Pretty Maids pela primeira vez, cheguei a pensar que a banda tinha dois vocalistas, um com voz mais grave e agressiva e outro com voz mais aguda e melódica, tamanha é a capacidade de Ronnie Atkins de variar sua voz.
Se você não conhece os dinamarqueses do Pretty Maids, prepare-se para bastante variedade nas músicas. Você vai ouvir boas doses de metal mais pesado e atual, músicas mais velozes tipo power metal e também passagens hard rock.  Outro ponto legal é que esses caras nunca decepcionam, sempre aguardo com boas expectativas cada lançamento deles, a discografia da banda é praticamente impecável. Vamos aos meus destaques. A primeira faixa “Mother of All Lies” abre o cd com categoria, cheia de peso, com um clima sério e letras criticando nossos líderes. Essa música tem um refrão que gruda e riffs de guitarra certeiros, com muitos efeitos legais de teclado.  O Pretty Maids sempre soube fazer músicas mais melódicas com um certo toque comercial e “Sad to See You Suffer” é uma delas, com bastante melodia, violão por trás das guitarras, vocais mais limpos e um refrão marcante, excelente música!  “Motherland” chega destruindo com guitarras pesadíssimas e velozes para “desembocar” no refrão melódico típico do Pretty Maids, um power metal que os caras fazem com maestria. “I See Ghosts” também se destaca com a sempre “phodástica” criatividade do guitarrista Ken Hammer, praticamente um mestre ninja na milenar arte de criar riffs. Já para o fim do disco, “Who What Where When Why” (não é aula de Inglês) empolga demais com seu refrão muito bem sacado e uma levada de bateria que te faz querer “bater cabeça”, uma das melhores do álbum!  Bem, o cd inteiro é muito bom, produção impecável, músicos de alto nível e músicas variadas que combinam peso e melodia como pouco se ouve por aí. Também destaco a capa que tem uma imagem bem impressionante e chama a atenção para a temática de algumas faixas. Apenas um ponto me incomoda nos últimos álbuns do PM: A fórmula está ficando um pouco desgastada, seria legal se fizessem umas parcerias para compor. O álbum está muito longe de ser ruim, aliás, é excelente, falo de uma maneira geral na discografia mais recente da banda, pois o som deles está ficando um pouco previsível em minha opinião, inclusive em termos de letras. Isso não quer dizer que “Motherland” não vai ficar um bom tempo no som do meu carro! Passou muito da hora desta grande banda vir para o Brasil.  (Denis Freitas)

                                            Pretty Maids - "Mother of All Lies"


terça-feira, 26 de março de 2013

ROCKIN' NEWS - Queensrÿche

NOVA MÚSICA DO QUEENSRÿCHE DISPONÍVEL

Muitos rockers, como eu, se decepcionaram com os últimos lançamentos dessa banda tão querida. Agora então que existem dois "Queensrÿches", ficamos mais desconfiados ainda. O Queensrÿche formado por Michael Wilton (guitarras), Eddie Jackson (guitarras), Scott Rockenfield (bateria), Parken Lundgren (guitarras) e Todd La Torre (vocais), disponibilizou a nova música chamada "Redemption" no YouTube (ouça abaixo). O cd tem lançamento previsto para 10 de Junho. Enquanto isso, o vocalista original Geoff Tate segue promovendo o cd "Frequency Unknown" com sua versão da banda. O álbum de Tate chegará ao mercado dia 23 de Abril e já vem sendo malhado em vários sites e publicações. Ainda não tive a oportunidade de ouvir, mas, infelizmente, não duvido...     Veja a notícia completa no site da Classic Rock Magazine.

A música até que é bem legal e Todd soa muito parecido com Geoff Tate em alguns momentos, o que é um pouco estranho, pois os vocais de Geoff são a alma do Queensrÿche. Não consigo me acostumar com vocalistas "cópias" como Arnel no Journey, Nic Maeder no Gotthard e por aí vai. São todos ótimos vocalistas, mas parece que perde a alma da banda, como se fosse um produto que você estraga e tenta repor com outro "igual". (Denis)

                                           NOVA MÚSICA "REDEMPTION"





domingo, 24 de março de 2013

ROCKIN' NEWS - Asia

ASIA ANUNCIA OFICIALMENTE SAM COULSON

Os veteranos do grupo ASIA anunciaram, agora de forma oficial, o que muitos já sabiam: a entrada de Sam Coulson nas guitarras, substituindo o guitarrista e fundador Steve Howe.  O grupo já está trabalhando no novo álbum "Valkyrie" e, segundo o vocalista John Wetton, com esta nova formação a banda soa mais direta, pesada e rejuvenescida. 
O jovem guitarrista foi indicação de Paul Gilbert e disse que vai tentar dar uma pegada mais pesada para os clássicos da banda. Vocês podem conferir uma entrevista bem legal com a banda ensaiando e mais informações no site da Classic Rock Magazine (http://www.classicrockmagazine.com/news/asia-officially-introduce-sam-coulson/).

Achei muito legal a entrada de "sangue novo" nesta super banda que todos gostamos. Steve Howe já não parecia mais estar a fim de tocar na banda, basta conferir os últimos registros com a banda ao vivo, bem apático. Que venha mais um grande álbum ! (Denis)

sábado, 23 de março de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - Vega



O Vega surgiu na Inglaterra em 2009, resultado da união do vocalista Nick Workman (ex-Kick) e dos irmãos gêmeos Tom e James Martin (guitarras e teclados respectivamente). Tom e James são duas "máquinas" compositoras de melodic hard rock. Grandes nomes do hard rock já gravaram músicas da dupla, entre eles: House of Lords, Ted Poley, Dennis Ward, Danny Vaughn e Joe Lynn Turner (!!!). A união dos irmãos com os excelentes vocais e composições de Nick Workman, acompanhados do baterista Dan Chantrey, trouxe ótimos resultados e em 2010 gravaram seu debut, "Kiss of Life", pela Frontiers Records (como sempre), atraindo bastante atenção devido à sonoridade AOR com toques mais modernos. Aparentemente querendo mais liberdade para compor, o Vega deixa a Frontiers e lança agora em 2013 pela Spinefarm Records "What The Hell!", um belo cd de melodic hard rock com sonoridade atual e com muita qualidade,  que com certeza levará a banda a novos patamares. Conversei com o simpático tecladista e compositor James Martin pouco antes de partir para tour com os também britânicos do FM. James pareceu mais empolgado e falante quando questionado sobre as novas músicas. Espero que gostem!   (Denis Freitas)                                                                                                          

ENTREVISTA

Primeiramente, parabéns pelo novo álbum! Um dos melhores cds de melodic hard rock do ano até agora em minha opinião. Gostei muito da produção e a qualidade da gravação. Vocês realmente prestam atenção nos detalhes, quem produziu o cd? Onde foi gravado? Particularmente, achei muito bons os teclados em todas as músicas.

O álbum foi gravado em York e produzido por John Greatwood e nós mesmos. Obrigado pelas palavras gentis, na verdade os teclados são colocados nas músicas de acordo com o nosso gosto. O engraçado é que, se você ouvir as músicas apenas com baterias e teclados, elas na verdade soam um pouco Trance e New Wave que também gosto muito, tipo Alphaville ou Sash.


A faixa título do álbum "What the Hell!" tem um toque de Def Leppard, você concorda? Eles são uma grande influência para a banda? Ambas as bandas tem o hard rock e elementos pop na música ... De quem foi a ideia para a capa do álbum?

Sim. Def Leppard é provavelmente nossa maior influência. Nós tivemos sorte o suficiente de ter Joe Elliott a nos dar alguns conselhos sobre os estágios iniciais de gravação, que foi uma grande satisfação para nós. A música “What the Hell!” foi escrita com o Leppard em mente e também como um hino. O Def Leppard também era conhecido por abraçar outros estilos de música e nós também gostamos. A capa do álbum foi ideia do Dan Chantreys penso eu, que queria uma declaração para a capa e toda a obra de arte de propaganda vintage ficou exatamente como queríamos. Foi feita por Richard Mace.

O que os difere da maior parte das bandas do gênero é que vocês tem músicas em que  mostram um lado mais dramático e melancólico como em "Not There for You" ou "She Walks Alone", também devido ao estilo vocal de Nick. A mesma coisa acontece com as bandas FM, Dare e outros do gênero pop. Este é um ingrediente especial britânico?

Nós realmente não tentamos soar britânicos ou coisa parecida, nós apenas fazemos o que gostaríamos de ouvir. Mas as bandas que você menciona são uma influência para mim e especialmente Tom. Talvez seja um ingrediente especial. Nós adoramos grandes refrões e partes dramáticas, mas sem ser progressivo.


Nick está fazendo um excelente trabalho no cd, ele tem uma voz única, que, na minha opinião, define o estilo e a direção da banda, você concorda? Ele realmente se destaca na balada "It’s gonna be alright",  que poderia facilmente ser um grande sucesso. Qual foi o sentimento quando vocês finalizaram essa faixa?

Quando estávamos prontos para gravar o álbum, gostaríamos que cada música fosse um grande sucesso, assim como em “Hysteria” ou “Waking up the Neighbours”. Ficamos muito felizes com “It’s gonna be alright”, tem uma ótima vibração nela. Sobre Nick Workman, Tom e eu somos fãs de sua voz desde que o escutamos pela primeira vez com o Kick e as duas músicas que ele co-escreveu no debut do Kick foram nossas favoritas e agora tivemos como bônus Nick co-escrevendo todas as músicas do VEGA, ele trabalha as letras e as melodias. Se você ler as letras de uma música do Vega, verá a profundidade na escrita em relação às letras bem comuns do gênero AOR. Você pode conferir as histórias por trás das músicas em www.vegaofficial.com.


VEGA
Vocês adicionam alguns elementos modernos em suas músicas, mas sem "exageros", o que torna a música de vocês mais rica e atualizada e isso é ótimo. No entanto, vocês na banda tem a consciência de que os fãs do Vega e fãs de rock em geral podem não gostar se vocês usarem demais esse recurso? Vocês pensam sobre isso e levam em consideração quando escrevem? Os fãs do Vega e fãs de sua banda anterior “Station Club” (mais voltado ao pop e eletrônico) provavelmente não tem o mesmo perfil, certo?

Para ser honesto, não tentamos agradar ninguém além de nós mesmos. Queremos ser criativos, sem restrições ou receitas. No nosso debut nos sentimos como se tivéssemos essas orientações, mas agora gravamos WTH sem uma gravadora, então só fizemos o que queríamos. Uma boa pergunta sobre os fãs, eu tenho certeza que os fãs incondicionais de AOR vão resmungar porque não soamos como em 1980 e não temos um refrão “dois corações batendo”,  mas qual é a motivação para um músico ao fazer isso? “Fade to the flames”  foi baseado em uma idéia de música do Enigma e Noel Gallagher do Oasis provavelmente poderia cantar “Bless My Soul” em um  acústico.

Qual é a sensação de fazer uma turnê com uma das maiores bandas britânicas de AOR, o FM? Eles têm uma pegada de hard rock com um toque de blues e você soam mais modernos e atuais, mas sem fugir muito do mesmo tipo de som, como se fossem seus “filhos” em termos de evolução musical, uma ótima combinação em minha opinião ...

O FM é uma das nossas bandas favoritas de melodic rock e é uma honra poder sair em turnê com eles, eu nunca fui muito interessado em blues, mas eles são bons nisso. Steve Overland tem um vocal de muita qualidade também.
James e Tom Martin
Você e seu irmão escreveram e gravaram  para grandes nomes do hard rock mundial, como o House of Lords, Ted Poley, Dennis Ward, Danny Vaughn e Joe Lynn Turner para citar alguns. Você deve ter muito orgulhos de suas habilidades como compositor, porque com todos estes grandes artistas  gravando suas músicas deve ser como receber um grande reconhecimento, é um prêmio, certo?

Sim, é um grande sentimento quando você escreve uma música e ela fica excelente e também um sentimento ruim quando ela é arruinada (risos). A Frontiers viu nosso potencial e ajudou a colocar nossas músicas em álbuns, enquanto que todas as outras gravadoras e selos de AOR que passaram antes deles não deram atenção, por isso somos gratos a eles.

Vocês escreveram as músicas no álbum "The Greatest Wonder" do Khymera (projeto de Dennis Ward) em sua totalidade? Acho esse álbum injustiçado, é um grande álbum com excelentes músicas e os vocais de Dennis Ward estão fantásticos...

Sim, Dennis tem uma grande voz e, sim, escrevemos todas as músicas em “The Greatest Wonder”, fico feliz que você gostou, porém eu não acho que a capa do álbum ajudou (risos). Obrigado pela entrevista e o apoio, esperamos poder ir ao Brasil um dia!


SITE OFICIAL:   www.vegaofficial.com



quinta-feira, 21 de março de 2013

ROCKIN' ON TUBE - Sammy Hagar

Uma nova seção da página! Aqui indicarei vídeos interessantes do YouTube relacionados às bandas que gostamos!   



ENTREVISTA COM SAMMY HAGAR


Apesar deste vídeo ser de 2011, vale muito a pena conferir. Sammy Hagar é entrevistado pelo polêmico radialista Howard Stern e faz muitas revelações a respeito do passado com o Van Halen, de sua vida pessoal e vários assuntos cômicos. Mais de uma hora de entrevista sem intervalo! 




Este é apenas um link para o vídeo que está no YouTube, não possuo qualquer direito autoral sobre o mesmo. Se o autor sentir-se prejudicado, favor entrar em contato.


quarta-feira, 20 de março de 2013

ROCKIN' REVIEWS - FM


ROCKIN' REVIEWS (NEW RELEASE) - FM

FM - "Rockville" (2013)

                                Rating

Não vou falar muito da história do FM, apenas digo que é uma das bandas mais injustiçadas no mundo. Estes britânicos mereciam estar, por exemplo, no mesmo patamar de alguns de seus compatriotas como Whitesnake ou Def Leppard, tamanha é a qualidade da sua música, muito graças à genialidade de seu vocalista/guitarrista e principal compositor Steve Overland.
O que chama a atenção em Rockville, se compararmos com o excelente disco anterior, “Metropolis”, é que as músicas soam mais alegres e melódicas neste, lembrando inclusive alguns dos álbuns solos de Steve.
A primeira faixa, “Tough Love”  abre com categoria o cd, com um refrão a la Def Leppard e belas guitarras roqueiras.  A gravação é excelente e o som é cristalino, tudo é pensado no detalhe, com bastante uso de teclado e backing vocals. Na sequência, outro destaque: “Only Fooling”, um hardão com uma pegada bem anos 80 e uma levada contagiante recheada de belos riffs.  “Crave” deixa sua marca com sua levada comercial e melódica, AOR da melhor qualidade!  Mais à frente, “Better Late Than Never” tem uma pegada meio sulista, lembrando um pouco “38 Special”, excelente! “Crosstown Train” chega atropelando  com ótimo trabalho de guitarras e seus riffs pesados e diretos, cheia de clima, uma das melhores do cd! Aliás, o guitarrista Jim Kirkpatrick faz um ótimo trabalho em todo o disco, mostrando muito competência e categoria.   A última faixa, “High Cost of Loving” fecha com louvor o cd, cheia de melodia e um refrão característico da banda. 
Bem, mais uma vez o FM mostra que é uma das melhores bandas do gênero no mundo e, para mim, o único ponto negativo foi não terem dado um toque mais moderno em sua música, como o próprio Overland já fez em sua carreira solo. Mas aí já é querer demais... Vale lembrar que logo chega o parte 2. Outro álbum que vai para os melhores do ano!  (Denis Freitas)



domingo, 17 de março de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - Adrián Barilari




















O argentino Adrián Barilari está com mais de 50 anos e parece cada vez mais jovem. Além de estar à frente dos vocais da maior banda de hard rock argentina desde 1989, Rata Blanca, está em seu quarto disco solo, intencionalmente chamado "4", cercado de músicos de muito talento e mostrando uma sonoridade moderna, mas sem deixar de lado o hard/heavy mais tradicional. Barilari tem um vocal único, poderoso e impressionante, que seguramente o faz um dos melhores vocalistas da América do Sul, tendo inclusive já gravado com músicos do Stratovarius e Nightwish, em seu primeiro álbum solo - "Barilari", de 2003. Fiquei muito impressionado ao ouvir este último álbum, então resolvi entrar em contato com Adrián e tivemos uma conversa bem legal, espero que gostem!   (por Denis Freitas)

ENTREVISTA

Último trabalho solo - "4"
Em primeiro lugar, parabéns pelo seu mais recente álbum "4", muito variado, com excelentes composições. O som moderno foi intencional? Você escreveu todas as músicas? Havia um conceito já pré-definido pela banda? Quanto aos timbres de guitarra, efeitos de teclado, é você que decide?

Olá, como está? A sonoridade de "4" foi buscada através de seu predecessor "Abuso de Poder", que é intencional, eu escrevi todas as músicas e todas as letras. Meus músicos colaboraram com muitos temas e ideias, e junto com meu produtor Guillermo de Medio decidimos muito do que se ouve hoje.

No início do cd somos surpreendidos com "Hoy por Hoy", com muito peso e um toque eletrônico, costuma ouvir este estilo de música? Como foi a composição dessa música? O resto do álbum soa mais tradicional, embora ainda muito atual ...

Sim, exato. Eu gosto de renovar e explorar, eu amo essa música, é bem potente, direta e muito atual. É com ela que abro os shows e devo dizer que me identifico muito com esta música.

Ao vivo como Barilari

Apesar de estar com mais de 50 anos, você não apela para algo mais tradicional e suave como muitos cantores fazem depois de alguns anos na estrada. Quais bandas e tipos de música você ouve hoje?

Gosto de quase todo tipo de música, mas sempre fiz coisas diferentes em minha carreira, como em "Canciones Doradas", disco de covers em espanhol. Mas eu não posso deixar a minha essência, que é o Hard Rock e Metal. Então exploro e saem essas coisas que não são tão novas e tem a ver com o que tenho escutado atualmente como Foo Fighters, Nickelback etc



Último trabalho de estúdio do Rata Blanca - El Reino Olvidado
Como é o mercado hoje para o rock na Argentina em termos de shows, vendas e suporte da grande mídia? Você acha que o rock está decaindo no mundo?

O rock nunca diminui, o que diminui é o apoio a novas bandas e falta de vendas de CDs no mundo torna tudo lento e pouco investimento na América Latina, pelo menos, faz com que os músicos têm de fazer as coisas ainda mais independente e artesanal, em termos de shows temos todos os tipos de bandas de fora que vem, pelo menos em nosso país, o que tira espaço.

Você acha que o hard rock cantado em espanhol sofre um certo preconceito na Europa e resto do mundo? Bandas brasileiras, por exemplo, preferem cantar em inglês...

Eu me sinto pioneiro nisso, a verdade é que não tenho preconceito e isso não me prejudicou em nada, cada vez que eu tinha de fazer covers, ou homenagem a grandes nomes da música, fiz em espanhol porque eu tive uma experiência ruim com meu primeiro álbum e decidi não cantar mais em Inglês, não é minha língua e eu não me sinto confortável.

Com o saudoso Dio
Tem contato com bandas brasileiras? O que você acha da rivalidade entre Brasil e Argentina? Você acha que afeta a música? Quantas vezes se apresentou aqui e qual foi a sensação?

Eu tive contato com o Angra e seus músicos na época, grande banda até hoje, perdi o contato com eles, mas não se ouve bandas brasileiras no meu país, como aí não são ouvidas as nossas, se é por causa do idioma eu não sei, creio que a rivalidade se dá mais no futebol e, certamente, nos afeta musicalmente não nos encontrarmos e tentar uma integração. Tive a oportunidade de estar aí nos anos 90 com o Rata Blanca e eu gostei muito do público, mas depois não voltamos novamente, não pelo menos com a formação em que eu estava.

Quais são as suas cinco bandas do coração?

Quennsrryche, Deep Purple, Pink Floyd, Beatles, Foo Fighters, AC / DC, Judas, e muito mais! Hehe grande coração ...


Com Rata Blanca

Quais são os planos para 2013 com sua carreira solo e com o Rata Blanca?

Com a minha carreira é seguir e abrir novos horizontes, porque para mim é ainda um começo ... Com o Rata tudo vai depender de poder entrar este ano em estúdio e conseguir um contrato que nos devolva ao lugar que tínhamos na Argentina e na América!




SITE OFICIAL: http://www.barilariadrian.com.ar/
COMPRAR CD "4" NO AMAZON: http://www.amazon.com/Barilari-4-Adrian/dp/B0088EDQE2




sábado, 16 de março de 2013

ROCKIN' NEWS - Auras

NOVO DO AURAS A CAMINHO!


Em entrevista que verão em breve no Rock Till You Blog, o vocalista Gui Oliver fez interessantes revelações sobre a gravação do fantástico debut "New Generation" e, entre outros assuntos, também falou sobre a falta de espaço para tocar, problemas com leis brasileiras, músicas que fizeram para artistas de renome mundial pela gravadora Frontiers, a nova formação da banda e, claro, o novo cd que está em fase de composição e gravação. 
Pude conferir uma faixa que estará no novo cd e podem esperar que novamente teremos melodic rock de altíssima qualidade! 




sexta-feira, 15 de março de 2013

ROCKIN' NEWS - Place Vendome

CONFIRMADA NOVA FORMAÇÃO PARA NOVO  DO PLACE VENDOME


Segundo o site kiskefanclub.com, o Place Vendome anunciou que a nova formação para o terceiro álbum será: Michael Kiske nos vocais, Dennis Ward no baixo e produção, Uwe Reitenauer (Pink Cream 69) na guitarra, Gunter Werno (Vanden Plas) nos teclados e Dirk Bruinenberg (ELEGY) na batera.
Uwe disse que vários compositores estão envolvidos uma vez que ele e Dennis estão muito ocupados com o Pink Cream 69 e Unisonic. Adiantou também que estão na fase de demos, com muitos riffs e solos já  compostos pela dupla.

Se vier no mesmo nível dos dois primeiros álbuns, será mais um grande lançamento do ano e ouvir Kiske cantando no Place Vendome é um presente.  Já não posso dizer o mesmo do Unisonic, que para mim foi bem aquém do que são capazes.


quarta-feira, 13 de março de 2013

NEWS - Iron Maiden

Morre CLIVE BURR, ex-baterista do Iron Maiden



Como já divulgado por toda a Internet, faleceu hoje aos 56 anos Clive Burr, baterista que gravou os 3 primeiros e históricos discos da banda: Iron Maiden (80), Killers (81) e The Number of the Beast (82). Segundo membros da banda e mídia em geral, Clive era um cara muito positivo e mesmo sofrendo de esclerose múltipla nunca deixou de lado o bom humor.
Clive também tocou com o Samson (com Bruce Dickinson pré Maiden), o grupo francês Trust, Alcatrazz, Desperado (com Dee Snider) e também com Praying Mantis.


Nossos sentimentos à família, amigos e companheiros de banda.

ROCKIN' REVIEWS (NEW RELEASE) - Vega

VEGA - "What the Hell!" - 2013
                           
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A banda britânica Vega é resultado da união do excelente vocalista Nick Workman com os gêmeos Tom e James Martin (excelentes compositores que já fizeram músicas para o House of Lords, Ted Poley, Sunstorm). Em 2010 a banda lança seu debut, “Kiss Of Life”, chamando bastante atenção da mídia e fãs de rock. Agora com “What the Hell!”, a banda se mostra mais entrosada e com composições mais consistentes.
O álbum começa com o clima bem “pra cima” com “White Knuckle Ride”, que possui um refrão bem grudento e um toque comercial, trata-se de um belo melodic rock. Em seguida, vem a faixa título “What The Hell”, com uma pegada mais anos 80, aliás, fazendo uso de gritos ao fundo e lembrando seus conterrâneos Def Leppard, clima de festa hard rock.  A terceira faixa, “Not There For You”, traz seriedade e um som mais moderno para o cd, com um tom mais melancólico, porém cheia de melodia e um certo peso, bem interessante.  Após algumas faixas não menos legais, temos “You Can’t Run”, um melodic rock que começa com um riff muito legal acompanhado de teclados muito originais.  É também outra faixa com um toque melancólico e, em seu refrão, as batidas rápidas no bumbo dão o ritmo. Na sequência vem outra faixa muito legal de clima bem oitentista, “Bless My Soul”,  marcada pela levada do baixo e teclados novamente muito originais, abusando de efeitos. Logo mais à frente, temos “Saviour”, uma das melhores do cd, melodic rock com uma sonoridade bem moderna e até comercial, mas sem deixar de lado as guitarras, empolgante!  Em seguida, outra faixa de destaque é a baladona “It’s Gonna Be Alright”, que refrão! Nick Workman canta com bastante emoção e seus vocais são o destaque nessa música.  Os caras deixaram para fechar o álbum com chave de ouro, pois a última faixa, “Hands in the Air”, é aquele hard rock com bastante melodia de empolgar o vovô, a vovó, a família toda! Guitarras bem melódicas e refrão grudento, com teclados ao fundo, para sair viajando, muito empolgante.  Em resumo, um excelente cd com um toque de rock britânico, influências de hard rock e AOR, mas sem parecer com nenhuma banda especificamente. Soma-se a isso vocais de muita categoria e composições com bastante originalidade. Se continuarem assim, logo, logo se tornarão, junto a Eclipse, W.E.T. e Work of Art, uma das bandas favoritas do gênero.  (Denis Freitas)   



domingo, 10 de março de 2013

ROCKIN' NEWS - Van Halen

Novo álbum do VAN HALEN a caminho?


Após o lançamento de "A Different Kind of Truth" e alguns shows cancelados (como de costume), parece que Eddie Van Halen e sua gangue estão compondo novamente e resgatando músicas antigas. Wolfgang, baixista e filho de Eddie, declarou para a Billboard que ele próprio ajudou a reunir os integrantes para a gravação do cd de reunião da banda, o que os fez relembrarem da época em que escreveram aquelas músicas. Segundo o baixista, também estão trabalhando em novas músicas. 

Apesar de ter achado muito bom o último cd, gostaria de ver o Van Halen trabalhando em novas músicas no estilo das faixas "Can't Get this Stuff no More" e "Me Wise Magic", do Best Of do VH. Aí sim teríamos algo mais atual e  veríamos se Eddie ainda continua com poder de fogo para compor, afinal, pelo que se tem noticiado, as faixas do último cd são músicas antigas retrabalhadas. Vamos torcer!  (Denis)

sábado, 9 de março de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - Edu Cominato (Jeff Scott Soto/Remove Silence)










Fala rockers! Tem início uma série de entrevistas com músicos brasileiros que estão se destacando no cenário nacional e internacional. Começamos com EDU COMINATO, baterista da banda do grande, não somente na altura, mas por toda sua história no rock mundial,  Jeff Scott Soto. Aproveitamos também para falar um pouco da sua banda Remove Silence, formada por outros grandes músicos brasileiros: Hugo Mariutti (ex-Shaman), Fábio Ribeiro (ex-Angra) e Alê Souza.        (por Denis Freitas)


Já tive a oportunidade de ver o Edu em ação algumas vezes e fiquei impressionado com sua precisão ao tocar. Você percebe que o cara faz aquilo com gosto e no decorrer dos shows, após aquecer nas músicas iniciais, o cara começa a "destruir" sua batera com muita categoria e ainda canta muito bem por sinal. Contudo, aprendi mais duas coisas sobre ele ao conversarmos: o cara tem opinião e é um trabalhador do rock, sem contar sua falta de estrelismo, algo que contamina muitas pessoas no meio musical. Edu começou a tocar bateria ainda criança, influenciado por seu pai que era músico profissional. Aos 17 anos formou sua primeira banda, chamada Homeless, e em 1999 começou a banda Tempestt, que chamou bastante a atenção de fãs de rock no Brasil e acabou rendendo um convite de Jeff Scott Soto (Yngwie Malsmsteen, Journey e Talisman) para que fossem a banda do cantor norte americano. Desde então, Edu tem conquistado grandes feitos: tour pela Europa e DVD com JSS, tocou com grandes nomes do rock mundial, tais como: Eric Martin e Billy Sheehan (Mr. Big), Joe Lynn Turner (ex-Deep Purple), Steve Augeri (ex-Journey), Roy Z, entre outros, e ainda escreveu e gravou para o último álbum de Soto, "Damage Control", que agradou muito a crítica e o público. Como trabalho nunca é demais, também formou junto com músicos de alta categoria a banda Remove Silence que está lançando seu segundo álbum chamado "Stupid Human Atrocity". 

Entrevista

Edu, para começar, de onde você é? 
Sou de São Paulo e toda a minha família também. 

Na sua biografia consta que você começou a tocar bateria aos 11 anos, influenciado por seu pai. Seu pai tocava rock? Como surgiu seu gosto pelo rock?

"Little" Edu
Exatamente, na verdade eu gosto de bateria desde antes, por volta dos 6 eu já fazia barulho, mas com 11 eu já tinha uma base. Meu pai foi músico profissional por 35 anos. Meu pai tocava de tudo, inclusive rock, cresci ouvindo discos do Deep Purple, Led Zeppelin, Yes. Nos anos 70 a música da moda era o Rock, então quando ele ia tocar com as suas bandas, era só Purple, Led, etc… Mas ele era um músico muito completo, gravou de tudo durante a sua carreira. 

Quais foram, inicialmente, os bateristas que te influenciaram? 

Quando comecei, lá trás, eu estudei muito o Dave Weckl, lembro do meu pai chegando com a vídeo aula "Back to Basics", assistia todos os dias. Mas foi quando descobri Mike Portnoy que a minha vida mudou, ouvi-lo tocar no "Images and Words" me levou a um outro nível. Mas posso citar outros também como: Eric Carr, Pat Torpey, David Garibaldi, Ian Paice, etc...

Você chegou a gravar com uma de suas primeiras bandas, a Homeless ? Que estilo era?

Minha primeira gravação de bateria foi com o Homeless, foi difícil mas consegui gravar, na verdade esse disco nunca saiu, temos ele gravado, mas nunca conseguimos terminar. Éramos muito moleques na época, quem sabe um dia não sai!!! O estilo da banda era o que todo moleque de 17 anos daquela época queria tocar, Metal, Progressivo, Hard Rock… Ou seja Dream Theater hahaha!! Foi uma boa época, foi a minha primeira experiência escrevendo músicas e chegamos a fazer coisas muito boas. 

Tive a oportunidade de ver algumas apresentações suas com o Tempestt, vocês tocavam bastante AOR e Hard Rock, mas quando ouvi o cd de estreia da banda, “Bring 'Em On”, confesso que fiquei surpreso e até certo ponto desapontado. Achei muito mais voltado ao prog metal ou metal melódico do que ao estilo das bandas que vocês faziam cover.  Sei que você já não estava mais tão envolvido, mas chegou a ouvir este tipo de comentário a respeito do cd? Concorda com essa leitura? 

Tempestt
Exatamente, a banda começou com essa proposta mais AOR, mais pela influência do BJ (vocalista) e do Kuky (ex-baixista), mas quando começamos a compor foi diferente. A maioria do disco foi escrito pelo Leo Mancini e muitas comigo de parceiro, por isso as nossas influências se destacaram mais no álbum. Particularmente, não sou fã de AOR, meu gosto é mais pesado e progressivo. As que você vê o nome do BJ, vai ver que é bem mais melódico. Mas sinto muito orgulho desse disco, foi o que a gente queria fazer na época e saiu exatamente como queríamos. Quando o disco saiu eu ainda estava muito envolvido com a banda, eu sai no fim de 2008, depois da nossa turnê na Europa. 

Por que saiu do Tempestt?  A banda ainda está na ativa?  Qual sua relação com a banda atualmente?

Na época eu já não estava mais ligado ao tipo de som, queria fazer algo diferente e mais ligado com o que acontecia comigo na época, eu já estava gravando com o Remove Silence e senti que era a hora de me dedicar a novos projetos. O Tempestt ainda está na ativa, eles estão com um disco pronto para ser lançado. A minha relação com a banda é como sempre foi, somos irmãos e isso nunca vai mudar, ainda faço alguma coisas com eles, eu co-escrevi uma música do disco novo com o Leo e o BJ, a música é "Endless Hunger" e você pode procurar no YouTube o clipe. 
                                                    Tempestt: "Endless Hunger"

Como é trabalhar com Jeff Scott Soto? O cara está com mais de 40 anos e parece um adolescente no palco, tem muita energia.  Ele é exigente? O que você aprendeu trabalhando com ele, fora tomar tantas caipirinhas?
Edu com JSS band
Primeiramente, é uma honra fazer parte da banda de um ídolo, eu acompanho o trabalho do JSS desde 1998 quando ouvi Talisman pela primeira vez, depois que fui descobrir que tocou com o Malmsteen. Essa energia dele é incrível e ele transfere pra banda toda. Ele é exigente sim, mas como temos uma química muito legal com ele, o trabalho flui tranquilo, quando tocamos juntos não temos tanto tempo de ensaio como uma banda normal, por morarmos cada um em uma parte do mundo, então da pra sentir a química. Aprendi muita coisa na estrada com ele: Como ser profissional, como se portar como um artista de verdade, aprendemos muito sobre a indústria da música, que ele conhece bastante. E só pra constar, eu não bebo, hahaha… Quando ele me faz beber aquele copo inteiro, eu fico doidão….

Quem teve a ideia de formar a Remove Silence?  Vocês formaram a banda com uma ideia de estilo já pré estabelecida ou simplesmente deixaram rolar?  Acho bem difícil explicar o som da banda, isso é intencional?   Me parece um prog metal com um pouco de música eletrônica, mas ao mesmo tempo seria simplista demais definir assim…

O Remove Silence começou como um projeto paralelo do Hugo Mariutti com o Fabio Ribeiro na época que eles estavam no Shaman ainda, eles começaram a produzir algumas coisas e foi saindo. Eles ainda não tinham um batera e o Hugo me convidou pra ir ao estúdio e escutar o que estavam fazendo, pirei na hora, era exatamente o que estava buscando, um som diferente de tudo com influências que a gente gostava fora do Metal. A intenção era essa mesmo, não parecer com nada, claro que você ouve as influências, mas não consegue definir exatamente. Isso é exatamente o que um artista busca em sua carreira, criar algo novo, que deixe artisticamente completo, e posso dizer que conseguimos com o Remove Silence.    

                                           Remove Silence: "Fade"
                                                     

Muitas bandas boas estão surgindo no Brasil, com trabalhos que não ficam devendo em nada para os “gringos”, você acha que chegamos ao mesmo nível das bandas de fora em termos de qualidade? Você acha que temos músicos do mesmo nível dos músicos de fora?

Sim, tem bastante banda boa por aí, mais do que você pode imaginar. Tenho plena certeza que não devemos nada para as bandas "gringas". Pra mim, a única coisa que difere ainda é a mentalidade, dos artistas e principalmente do público. Aqui a nossa cultura é diferente, ou nenhuma cultura. O gringo é colocado em um pedestal muito alto, não que não meceça, mas falta um pouco de apoio aos músico locais, mas isso está mudando. O grande exemplo é que estamos no circuito mundial e estamos cada vez mais chamando atenção dos gringos, posso citar músicos brasileiros que se dão bem lá fora: Aquiles Priester, Kiko Loureiro, Rafael Moreira e mais um monte. 

Edu com Steve Augeri
Quais são seus planos para o futuro próximo?  Frio na barriga para os shows na Europa com Jeff?

Nossa, muitos. Acabei de gravar um DVD meu, ainda em fase de finalização, pretendo começar uma série de workshops por aí e continuar trabalhando pelas oportunidades na carreira. Sempre da um frio na barriga, uma ansiedade, por mais que esteja acostumado a fazer turnê, se você perde essa ansiedade é melhor mudar de profissão. Obrigado pela entrevista e espero vê-los na estrada. Abraço!

Confira o trabalho de Edu em:
http://educominato.com/site/
https://itunes.apple.com/br/album/stupid-human-atrocity/id547395778?action=view&current=ad_SHA.jpg